quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Há quem recupere da doença do ateísmo!

Estive ausente uns tempos. Quando regressei não me ative logo a ler comentários deste blog.

Dos muitos que recebi, três valem por todos os demais: um que publiquei, um que usarei num futuro Post e aquele que continha o link para a noticia que a seguir se transcreve.

Deixo aqui um agradecimento público ao comentador que me enviou o link.

Na verdade, o ateísmo é um distúrbio comportamental ou mesmo mental. Alguns apercebem-se disso a tempos… outros, por que nunca crescem, não chegam lá.

Cá vai:
É a mais nova monja do Mosteiro da Visitação, Vila das Aves. Hoje, domingo, lança um livro a contar a sua história. De como demorou quase metade da vida a convencer-se de que tinha de mudar de vida.

Primeiro, o silêncio quase tumular. Quatro toques de campainha em seguida. Uma e outra vez. A Irmã Raquel Silva acorre ao segundo, apressada. Chega de sorriso pronto, voz meiga; negro hábito da cabeça aos pés, cruz grande ao peito.

Com 35 anos, é a mais nova monja do Mosteiro da Visitação, em Vila das Aves, Santo Tirso, onde a vida é de contemplação e se cumpre num rigoroso regime de clausura, na "entrega total a Deus", como define a freira que jamais imaginou sê-lo. Raquel - assim mesmo, antes do epíteto "Irmã" -
entrou com 25 anos, após ter passado pelo… ateísmo. Despediu-se do que mais ama - a família, os amigos e o pedaço de Atlântico das Caxinas, em Vila do Conde - e fechou-se "entre quatro paredes", como o inconformismo inicial do pai nomeava a indignação.

O livro que hoje lança - autobiográfico, reconhece -
volta, porventura, a ligá-la ao Mundo que um dia quis entender através da Ciência. Ela, que, aos 15 anos, se declarou ateia. E convicta: "Não adiantava a família insistir comigo. Convenci-me que Deus não existia", recorda. Ainda assim, os pais obrigavam-na a assistir à missa. "As pessoas estavam ali a rezar e eu calada, de braços cruzados, muito aborrecida e sempre a olhar para o relógio", sorri.
Em "Uma atracção irresistível", que o bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, apresenta, hoje, às 17.30 horas, no Mosteiro da Visitação (a entrada é livre), Irmã Raquel, que frequentou discotecas, namorou, quis casar e ser astrónoma, conta como "o chamamento de Deus eclipsou tudo" e como nem a doença que lhe levou a mãe, um cancro sofrido até ao último fôlego, lhe abalou a fé.
Tudo começou em 1991. Raquel tinha 17 anos. Estava numa das missas obrigatórias. "Quando chegou o momento da comunhão, senti em mim uma força muito grande que me atraiu a ir. Tive curiosidade em saber o que era aquilo e levantei-me, para ir comungar. À medida que me aproximava do sacerdote, ia sentindo cada vez mais essa força. Quando cheguei ao sacerdote, não sei dizer como - porque não vi nem ouvi nada -, senti claramente a presença de Jesus diante de mim. Foi como se o próprio Jesus me desse a comunhão. Fui para o lugar a chorar. A partir de então, nunca mais duvidei da existência de Deus", conta.

Ainda assim, Raquel continuou a não acreditar na eucaristia e não mais voltou à missa. Até aos 24 anos, quando quis perceber o que antes havia sucedido. "Três semanas depois, dá-se o chamamento à consagração. Era um dia como outro qualquer. Estava a preparar-me para dormir e, num momento, senti um desejo espontâneo de me consagrar inteiramente a Deus; algo que não me obrigava, mas que era irresistível. E, apesar de nunca ter sentido esse desejo, foi como se ele sempre ali estivesse. Mas, até aí, nunca imaginei fazer-me religiosa", admite.

Irmã Raquel acredita ter sido escolhida por Deus e assume que, se não fosse a intervenção divina, aos 17 anos, "ainda hoje seria ateia". Hoje, diz sentir-se "feliz e completamente realizada".

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