sábado, 17 de março de 2007

Entre os meus alfarrábios encontrei isto. Já tem uns aninhos… era eu jovem!

"Volta depressa primavera
Que estamos à tua espera"
Lembro-me que um dia li,
Nos meus tempos de criança,
Estes versos cheios de esperança
E,
Se nunca os compreendi,
Guardei-os na lembrança.
Mas,
O que eu não li,
É que eles eram um grito
Impotente, mas aflito,
Desesperado, mas infinito,
À procura de ti…
Inexperiente, descontraído,
Reclinado na minha carteira,
Não imaginava que a vida inteira
È um grito reprimido.
Na minha inocente calma,
Não li
Que este grito seria por ti…
Mas, muito mais tarde,
Senti
Que ele era um segredo
Que eu guardava com medo
Despedaçando-me a alma…
Não! Eu não podia perceber
Que á luz da tua fotografia
Eu choraria,
Sem coragem de te dizer
O quanto estava a sofrer…
Não! Eu não estava conformado,
Quando ali a teu lado,
Calava o desejo
De sentir o toque do teu corpo…
A tua respiração
O pulsar do teu coração…
Sentir as tuas mãos, o teu rosto,
Os teus lábios, um beijo,
O fogo do desejo, da ternura…
E…
Ouvir-te dizer num assomo de pejo
"Meu Deus que loucura!"
Um dia partiste!
E, quando te despediste,
Inventei por necessidade um livro esquecido,
Para chorar à vontade
Naquela sala escondido.
No fundo,
O que eu sentia,
É o que sinto hoje em dia!!!
Porque,
Sabes minha Primavera!?
Eu vivo à tua espera!...
Eu ainda espero por ti!!!
(Para a MELB)

Um comentário:

Juliana Santos disse...

huahuaua

as férias do Brasil já acabaraam.... não são tão longas assim...

bela poesiaa

bjoO