domingo, 18 de agosto de 2013

REGRESSO - DA SAUDADE À TRISTEZA.

Regressei à Terra Lusa, a este terreiro do circo. 


 Só sabe o verdadeiro sentido e o valor da Pátria quem dela se ausenta, sobretudo se for para local onde nada lhe faz lembrar o seu país. 



 No regresso, a alegria da chegada é apagada pelo desgosto de ver a Pátria mergulhada na mais infeliz e irrecuperável tristeza. 


Isto não é um país. Aqui encontro os escombros daquilo que foi a gloriosa Pátria Portuguesa. 
Pois claro que sou um nacionalista. Orgulho-me de o ser. E, não me venham com a história da “cidadania europeia”, pois isso é uma forma pomposa de desculpar a vil e horrenda escravidão socio-económica que grassa no “velho continente”.

 Custa-me aceitar a imbecilidade dos povos europeus. 
Não entendo como é possível que, sabendo-se que toda esta devastação social, económica e cultural é fruto da construção da União Europeia, ainda existam pessoas a defender esta estupidez chamada União Europeia. 
 Curiosamente, de forma absurda, vejo os europeus criticarem os países islâmicos, quando é a “Europa” que demonstra este retrocesso, quando são os europeus que estão a ser reduzidos a escravos, quando assisto ao desmoronar de toda a construção da liberdade, da democracia e do progresso, quando vejo os europeus perderem o que conseguiram conquistar com muita luta, por vezes com o sacrifício de muitas vidas. Atrasado e imbecilizado está o povo europeu. Com a União Europeia, o povo grego perdeu em cinco anos aquilo que constou em muitos séculos. 

O povo português perdeu, em três anos, tudo o que consegui conquistar num século de lutas. Toda a gente sabe que o futuro será cada vez mais desastroso, que as gerações futuras terão uma vida muito pior do que hoje temos, e que serão necessários mais de duzentos anos para recuperar os direitos que hoje lhes foram roubados. 

Mas o povo europeu cala-se.
 Fatalista, cobarde como nunca foi, ignorante como nunca imaginei, manipulado como eu nunca fui capaz de conceber em pesadelos, maniatado mas a imaginar-se livre, tornado escravo mas a imaginar-se senhor, conformado como se estivesse a viver algo que é irremediavelmente necessário, eu já não reconheço este povo, nem me revejo na sua atitude.

 O povo europeu estagnou, parou no tempo, ficou imbecilizado e adormecido.

 É necessário reagir, resistir e exigir que toda e qualquer mudança terá que ser, obrigatoriamente, para melhor e não para regredir séculos. 

 É isto que me fere a alma… sobretudo a minha “alma Lusa”, neste momento de regresso à
Pátria.

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