sábado, 18 de agosto de 2012

Regressei!


Eis-me aqui!  - Segundo reza a lenda, assim bradava “Ibn Afonso Henrique”, enquanto perseguia os mouros da época.

Eu regressei.

Regressei a um país submerso, encharcado e destruído.

Desde 1910 que o país está submerso e em ruínas. Hoje, porém, tenho uma pátria desfeita, submissa e obediente ao patrão alemão.

A “rude, apagada e vil tristeza”, de que falava Camões, agora é sinónimo de obediência canina à “europa”, mesmo que isso represente a destruição da pátria, da cultura e dos portugueses. Parece que que o povo conta muito menos do que as quimeras dos “eurocratas” e outros crápulas.   

Regresso a um país sem futuro. As gerações vindouras terão, sem hipótese de reversão, uma vida muito menos risonha, mais difícil e injusta do que aquela que hoje temos. Em termos sociais e culturais e civilizacionais, nos últimos cinco anos, este pobre Portugal regrediu um século e condenou o povo a um futuro negro e desumano.

Domesticados como nunca, de rabinho entre as pernas, os portugueses calam, comem e agradecem.  

Retomo a direcção do Circo Luso. O espectáculo segue dentro de momentos. 

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