segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quem tem medo do referendo? - Os fascistas, claro!

Afazeres profissionais não me permitem ler os periódicos, pausadamente, durante uns dias. Mas, a fazer fé naquilo que se lê na mais rude Tasca Ateísta Suburbana de Lisboa, há Homens (com um H de tamanho da Torre Eiffel), preocupados com a javardice a que o país chegou.

Felizmente, valem mais umas linhas escritas por César das Neves do que todos os Tasqueiros da Taberna Ateísta a aviarem em pleno, ofegantes e ruborescidos pela ira, pela revolta intestina que os consome.
Vem isto a propósito do “acasalamento da paneleirada” que o Sócrates (segundo as más línguas, membro ilustre de tal clube), quer ver instituído

A paneleirice não é uma questão social, é uma questão do foro privado.
Portanto, sou contra atender a isso, como carácter de lei, seja em que circunstancias for. E, nesse sentido vai a Constituição – não aceita que um gajo por ser panasca, na sua vida privada, tenha que ter consequências sociais disso – até aí tudo bem!

Mas, uma certa cáfila, interpreta a Constituição da forma mais absurda e excêntrica.
Espanta-me a encardida cisão dos ateístas, pois, para quem se queixa da Bíblia, a nossa Constituição, em razão do tamanho e abrangência, é bem mais flexível nas interpretações.
A lei tem que se aplicar exactamente nos mesmos modos e na mesma medida perante todos os portugueses, e nem deve sequer atender às preferências sexuais ou da cor dos olhos, ou dos cabelos, ou ao timbre de voz, em matéria de casamento.
Um casal é composto por um homem é uma mulher, e quem não aceita, não casa. Se a lei se aplica a todos, independentemente da cor dos olhos, de gostar ou de favas, de preferir sopa de legumes ao creme de marisco; do tamanho dos seus genitais, dos fetiches e das taras sexuais, é uma lei justa e constitucionalmente aceite.

César das Neves tem razão.
O que está em causa é a família.
Admitem os ateístas, e mais alguma escumalha partidária, que o casamento é um simples contrato.
Portanto a família é algo de somenos importância, com a mesma abrangência que a compra de uma máquina de lavar louça a prestações, e com menos interesse do que o contrato de Internet das Novas Oportunidades.

É assim que os ateístas vêem a família.

É que, insultar, vexar e vilipendiar o casamento, fazendo dele uma instituição de fantochada uma mera palhaçada, como os rabetas panascas e ateístas querem, é um dos mais humilhantes e mais graves insultos à dignidade humana, perpetrados nos últimos 50 anos, talvez (até) superior à instituição do fascismo no país.

Pessoalmente não acredito que alguns ateístas sejam assim, uns autênticos “criminosos sociais”. Julgo, pelo contrário que o fazem é por imaginar que acirram a Igreja.
Só que, a igreja é intocável neste aspecto. O que está em causa é o povo, a sociedade civil, a cultura e a dignidade da família humana. Tratasse de uma ofensa e de uma humilhação à família civil e não à família católica – essa é intocável e esta lei nunca afectará.

Desculpam-se os ditos Taberneiros com o facto de tal imbecilidade estar no programa do partido eleito que, infelizmente, governa.
Mas, a desculpa do programa do governo é uma imbecilidade sem grau.
Toda a gente sabe que não fui esse ponto que decidiu as eleições, toda a gente sabe que o povo não liga a programas eleitorais ou à palavra (ou melhor, à falta dela) dos políticos.
Ora, com tal desculpa, e a ser uma questão de programa eleitoral, os eleitos do PS que se dizem anti “casamenteiros da paneleirada” (que o consideram uma “aberração legislativa”) devem ser expulsos por estarem a negar o programa do governo.
Por essa ordem de ideias, tudo o que não estava no programa do governo não pode fazer-se!

É do mais verrinado, doentio e biltre fascismo dar mais crédito à opinião de políticos corruptos e sem reputação do que a um referendo.

Aliás, o que está em causa é que a democracia demonstraria que o povo está contra tal indecência, e isso os fascistas antidemocratas de hoje, saudosos dos atentados sociais de Satlin, Mao ou de Pol Pot, não gostam de ouvir.

Eu já achava que entre os meus patrícios abundava imbecilidade e a incoerência do clubismo sádico no campo da política – só assim se explica que o Zé de Castelo Branco voltasse a ganhar as eleições…

Pelas últimas declarações do sr. “injinheiro”, ficamos mais uma vez advertido que a democracia não é assunto que o cative nem o povo é “animal” que ele aprecie.

Com a ajuda dos panascas, dos Taberneiros da Tasca Ateísta, da maçonaria e de outras máfias, o país é este entulho que se vê!