Eis-me aqui! - Segundo reza a lenda, assim bradava “Ibn Afonso Henrique”,
enquanto perseguia os mouros da época.
Eu regressei.
Regressei a um país submerso, encharcado e destruído.
Desde 1910 que o país está submerso e em ruínas. Hoje,
porém, tenho uma pátria desfeita, submissa e obediente ao patrão alemão.
A “rude, apagada e vil tristeza”, de que falava Camões,
agora é sinónimo de obediência canina à “europa”, mesmo que isso represente a
destruição da pátria, da cultura e dos portugueses. Parece que que o povo conta
muito menos do que as quimeras dos “eurocratas” e outros crápulas.
Regresso a um país sem futuro. As gerações vindouras terão,
sem hipótese de reversão, uma vida muito menos risonha, mais difícil e injusta
do que aquela que hoje temos. Em termos sociais e culturais e civilizacionais,
nos últimos cinco anos, este pobre Portugal regrediu um século e condenou o
povo a um futuro negro e desumano.
Domesticados como nunca, de rabinho entre as pernas, os
portugueses calam, comem e agradecem.
Retomo a direcção do Circo Luso. O espectáculo segue dentro
de momentos.
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