Tem por objectivo ajudar "cães e gatos abandonados, através da oferta de mantimentos, cobertores, medicamentos ou brinquedos.”
Sublinha a notícia que se trata de “uma pequena associação para a protecção de cães abandonados que luta todos os dias para lhes dar um lar e que conta agora com uma ajuda extra.”
Deu isto azo a que se entrevistassem os patrocinadores da ideia, como se de Heróis se tratasse, até porque, segundo Ester Tenreiro (uma das heroínas), “a alimentação e os cuidados médicos com os animais são o que mais pesa no orçamento da associação.”
E, a solidariedade da gente Lusa não tem limites. Apesar do tal banco alimentar das bichezas só existir há pouco mais de dois meses, já conseguiu entregar mais de 1.300 quilos de ração em 33 ajudas a associações e particulares e conta já com a ajuda de 91 voluntários espalhados de norte a sul do continente e nas ilhas.”
Fico, complemente, boquiaberto.
O altruísmo desta gente em prole do sofrimento alheio, é algo de espantoso, só suplantado pelo merecido destaque dado à notícia. Feitos destes não se encontram todos os dias.
Mas…
No mesmo dia em que se gabava o feito dos heróis de tal notícia, recebia eu a imagem que aqui reproduzo.
Não é um cão ou um gato – é uma criança! é um ser humano!
Enquanto uns se preocupam em arranjar cobertores e brinquedos (!!!) para a bicharada; ao mesmo tempo que alguns se preocupam com a ração para cães, gatos e/ou outros animais de estimação e dar-lhes um lar... no mesmo planeta, milhares de crianças desfalecem com a fome, sem pensar em brinquedos, cobertores quentinhos ou um lar de adopção.
Para esses não vejo multiplicar-se a solidariedade que, em três meses, une dezenas de voluntários e centenas de quilos de quilos de comida seleccionada.
Num mundo cada vez mais imbecilizado pelo ateísmo egoísta, eis a expressão máxima da solidariedade e da caridade humana.
Não vejo estes ateístas reunir esforços e, sem tanto paleio indecente, levar até Africa o esforço da sua solidariedade.
Aqueles cuja boca imunda esguicha a mais ranhosa lixeira contra Madre Teresa de Calcutá ou contra a Igreja Católica, têm aqui um bom exemplo daquilo que a Igreja combate e que eles teimam em querer ver eternizado.
A imbecilidade ocidental cresce numa progressão geométrica. Proporcionalmente, agrava-se a injustiça, na razão directa do quadrado da distância que separa a sociedade de Deus.
Que infeliz sorte calhou àquelas crianças que não nasceram com dignidade dos cães e gatos dos ateístas europeus.
Já agora, amigo leitor, se ficou chocado, aproveite e faça um donativo para a Unicef.
Deixe os gatos e os cães (que eles desenrascam-se) e pense das crianças.
P.S.: Não sei se os heróis desta iniciativa são crentes ou ateus. Pouco importa para o caso. O que está em causa é a "cultura" que vai normalizando a conduta dos ocidentais.