quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Insulto às religiões - A ONU condena e insta os Estados a legislar!

A ONU tem aprovado um conjunto de recomendações sobre questões religiosas, mormente sobre um problema muito actual – o insulto às religiões.

Um exemplo concreto:

A resolução nº2005/3 da Comissão de Direitos Humanos.

Esta Resolução começa de uma forma muito sugestiva:

“Recognizing the valuable contributions of all religions to modern civilization and the contribution that dialogue among civilizations can make to an improved awareness and understanding of the common values shared by all humankind,”

(Reconhecendo as valiosas contribuições de todas as religiões para a civilização moderna e a contribuição que o diálogo entre civilizações podem dar para um melhor conhecimento e entendimento dos valores comuns partilhados por toda a humanidade).

Tais palavras muito embaraçam a alguns auto denominados “ateístas”. Caem mal, sobretudo, a um certo grupo a que podemos chamar - Insolentes e Contraculturais Ateístas Republicanos – ICAR (Acrónimo recomendado!)

Continuando!...

Pouco depois, esta Resolução da ONU expressa um dos pontos fulcrais do problema “ipsis verbis”:
“Constatando, com preocupação, que difamação das religiões é uma das causas de desarmonia social e leva a violações dos direitos humanos…”

Por isso, a ONU está preocupada com o deficit cultural que vai propagando, sobretudo no Ocidente, por parte de alguns pseudo racionalistas, cuja tendência para a inversão de valores e para a contracultura demonstra uma elevada anorexia cultural.

A ONU apresenta algumas constatações e demonstra a sua preocupação e desagrado.
Por exemplo:

- “Manifesta profunda preocupação na estereotipagem negativa de religiões e manifestações de intolerância e discriminação em matéria de religião ou crença, ainda em evidência em algumas regiões do mundo;”

- Também manifesta profunda preocupação em agendas e programas prosseguidos por organizações extremistas e grupos destinadas a difamação de religiões, em especial quando apoiadas pelos Governos;

- “Deplores the use of the print, audio-visual and electronic media, including the Internet, and any other means to incite acts of violence, xenophobia or related intolerance and discrimination towards Islam or any other religion;”

(Deplora o uso dos meios de comunicação escritos, audiovisuais e electrónicos, incluindo a Internet, e qualquer outro meio para incitar os actos de violência, a xenofobia ou relacionadas com a intolerância e discriminação visando o islamismo ou qualquer outra religião;)

Assim, a ONU recomenda a todos os estados que se debrucem sobre o combate aos ataques e difamação das religiões.
Para isso:

- “Sublinha a necessidade de combater eficazmente difamação de todas as religiões…”;

- “Exorta os Estados a uma acção resoluta para proibir a divulgação através das instituições políticas e as organizações de ideias racistas e xenófobas e material destinado a qualquer religião ou os seus seguidores que constituem incitamento à discriminação, hostilidade ou violência;”

. “Também insta Estados a fornecer, dentro dos respectivos sistemas legais e constitucionais, uma protecção adequada contra actos de ódio, discriminação, intimidação e coerção resultantes de difamação de religiões, a tomar todas as medidas possíveis para promover a tolerância e respeito por todas as religiões e seus sistemas de valores, e complementar os sistemas jurídicos com estratégias intelectuais e morais, para combater a intolerância o ódio religioso.”

Urge, portanto, que os países comecem a legislar no sentido de criminalizar efectivamente a ofensa religiosa. E, tal como já se fala em alguns países, estabelecer a balizagem entre a arte e o insulto, entre a livre expressão do pensamento e a difamação, insulto gratuito e injúria.

(Nota: a tradução feita do original.)

domingo, 23 de novembro de 2008

Ateus... ou gang "anti-religião"!?

Lia-se num blog, recentemente, a seguinte expressão:
“Eu salientei a diferença qualitativa entre exprimir opiniões e fazer mal às pessoas e defendi que a tolerância é a defesa das liberdades individuais e não o direito de exigir que não se diga mal das coisas que gostamos.”

E, pouco depois, acrescentava até:
“Decidir o que os outros podem ou não podem dizer é que é intolerância.”

A peça da blogosfera em causa, referia-se a uma palestra, ao que percebi, numa escola secundária, onde, entre os oradores ladeavam católicos (e nessa condição aí estavam) e ateístas.


Começa logo por ser incongruente: o que fazem os ateístas numa discussão sobre religiões?
É que, se um ateísta não acredita na existência de Deus (seja qual for a Sua definição), como se justifica que ele aceite participar numa conferência sobre algo que, para ele, não existe!?


Não sei se isto se deve adjectivar, apenas, com um simples: “ absurdo”!!!
Até aqui, tudo bem. Há quem, por condição, esteja dispensado de ser congruente e escorreito nos seus pensamentos, e até, no seu discurso.
Ora, considerar que aquilo que se diz (as opiniões) não ferem (“fazem mal”) às pessoas, seria extremamente conveniente ao direito. Quantos crimes temos tipificados no nosso direito, por meras palavras, por simples afirmações?

“Fazer mal a…”, é sinónimo de “provocar sofrimento em:…” . Há ditos, opiniões, expressões e actos que ferem e provocam sofrimento muito superior a uma agressão física.

Sempre que os meus actos, comunitários, públicos ou privados, forem lícitos, socialmente enquadrados e civilizacionalmente aceites, tenho todo o direito de exigir que eles sejam respeitados e estejam resguardados do insulto, da difamação, da desonra, do enxovalho, do escárnio e da zombaria, mesmo que disfarçada de “liberdade de expressão”, mascarada de produção artística ou travestida de uma cogitação intelectual/filosófica, propositadamente ofensiva.
É por isso que cabe ao legislador balizar a liberdade de expressão de pensamento por contraponto ao respeito pela dignidade das pessoas, seus actos, seus pensamentos e suas práticas. E, só podemos reclamar tolerância quando estamos dentro da esfera do respeito pelo próximo.


Eu, pessoalmente, não acredito em astrologia, mapas astrais, signos do Zodíaco, influência dos astros na vida das pessoas, e tudo o que com isso se relacione. Porém, nunca ninguém me ouviu, ouve ou ouvirá insultar quem acredita, aceita ou usa tais práticas. Corno não recorro aos seus serviços, não sei o suficiente para, sequer, emitir um juízo de valor sobre tal assunto. Se não acredito, nada existe aí que possa gerar o meu interesse, muito menos a minha revolta contra quem acredita.
Lá porque eu não acredito, não tenho o direito de condenar, enxovalhar, ofender, provocar ou insultar quem acredita, os seus rituais ou as suas práticas.
Nunca fui prejudicado pela astrologia, nem emito juízos de valor sobre ela, muito menos sobre quem acredita ou pratica.


Ora, era (exactamente) esta a atitude que eu esperava de um ateu, minimamente educado, instruído, pensante e civilizado – não acredita, logo não se pronuncia, nem se dedica a combater algo em que não acredita.

Infelizmente, mesmo contrariando os meus princípios, como católico e ante tais comportamentos, sou obrigado a tomar alguns ateus por arruaceiros sem princípios, portadores de uma infantil falta de personalidade e com umas postura social pueril, situada entre a incitação à delinquência e os devaneios mórbidos dos insanos mentais.
A tolerância funda-se na coabitação (social, cultural e geográfica) entre ideias, visões e vivências diversas de uma mesmo facto. E nunca no combate à existência de factos sociais e culturais instituídos, muito menos por estranhos á questão.
É aqui que os ateístas perdem toda a razão: é aceitável que as religiões se digladiem nas razões que levam a ter a sua visão de Deus como a correcta, e tentar propagá-la. Mas, não é razoável nem admissível que uma entidade que nega a existência de Deus, também entre na disputa.


Perdoe-se esta comparação!
Estamos perante uma falácia do género: Porto, Benfica e Sporting disputam o campeonato, mas agora aprece um grupo de anti-futebol (sem estádio, sem bola e sem equipa) a querer participar no campeonato, para acabar ele e tentar destruir o futebol, só porque não acredita nas virtudes de tal desporto, e é contrária à sua existência ou à sua filosofia.

Tenham paciência, senhores ateístas: têm toda a liberdade de "ser ateus" e de filosofar, mas não queiram armar-se em facção religiosa, muito menos colocar-se em pé de igualdade com as religiões – cada macaco em seu galho!

sábado, 22 de novembro de 2008

A ofensa a uma religião é crime!

Apetecia-me escrever um Post sobre o desrespeito a e “ofensa à religião”.
Fá-lo-ei em breve. Hoje, esta execranda constipação obriga-me a recolher ao leito.

Para que conste, e para começar, nem tudo é impunidade. Muitas afirmações que se vêem na blogosfera, não são apenas afronta ao seguidores de uma dada religião, podem mesmo configurar crime.

O Código Penal português, reza assim:


Título IV
Dos crimes contra a vida em sociedade

Capítulo I
Dos crimes contra a família, os sentimentos
religiosos e o respeito devido aos mortos

Secção II
Dos crimes contra sentimentos religiosos

Artigo 251º
(Ultraje por motivo de crença religiosa)


1. Quem publicamente ofender outra pessoa ou dela escarnecer em razão da sua crença ou função religiosa, por forma adequada a perturbar a paz pública, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.

2. Na mesma pena incorre quem profanar lugar ou objecto de culto ou de veneração religiosa, por forma adequada a perturbar a paz pública.

Artigo 252º
(Impedimento, perturbação ou ultraje a acto de culto)


Quem:

a) Por meio de violência ou de ameaça com mal importante impedir ou perturbar o exercício legítimo do culto de religião; ou

b) Publicamente vilipendiar acto de culto de religião ou dele escarnecer; é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Insurrectos sem nome nem grau!

Sou daqueles que não aprecia (absolutamente nada) o futebol: acho-o um jogo primário, muito redutor, sem grande interesse. Talvez por ser simples e banal tenha tantos adeptos (as coisas complicadas não colhem admiradores).

Não tenho simpatia por nenhum clube, incluindo o conjunto de jogadores da agremiação que usa o nome de “selecção nacional”.
Não vem mal ao mundo pelo facto de uns tantos rapazotes, inúteis na actividade mas escandalosamente pagos, se dizerem “selecção portuguesa”. Já, se alguém tem a impúdica ideia de lhe chamar “selecção de todos nós”, passamos para o campo do absurdo, do incongruente e do desvario.

Pior ainda: já se ouviu por aí alguém chamar aos ditos jogadores da bola: “heróis da pátria!” – neste caso, galgamos a barreira da provocação, do imoral e do insultuoso, para cair dentro da ofensa gratuita, da injúria e do ultraje àqueles que deram a sua vida pela Pátria Lusa!

Mas, a não ser nos casos escandalosos de privilégios indevidos e vergonhosos, nada tenho contra tais práticas e tais espectáculos. Digo: “espectáculos”, porque não se trata de desporto. Aliás, desporto é apenas, por definição, toda a prática de exercício que tem por finalidade o desenvolvimento físico, numa perspectiva de divertimento, recreio e bem-estar físico (ou memso psíquico). Ora, nenhuma das premissas que sustentam o exercício e desenvolvimento físico são validadas, no caso do futebol profissional. Aliás, a expressão: “desporto profissional”, encerra em si algo de absurdo, e ingressa do âmbito das falácias!

Não cabe, nesta definição, o verdadeiro “futebol desporto” – aquele que é praticado no clube de bairro, na associação desportiva (e/ou recreativa) da aldeia, nas agremiações das nossas vilas e cidades, que visam, exclusivamente, ocupar os nossos jovens (de todas as idades), com a prática de uma actividade física, por vezes lúdica, por vezes preventiva, por vezes terapêutica.

Por isso (e fora estes últimos), todos os clubes são iguais, para mim. Mas, desde que me não prejudiquem, deixá-los viver em paz!

O mesmo não posso dizer dos “adeptos” da equipa A ou B, e que nessa qualidade se tornam em arruaceiros da pior espécie.
Quando um simples e rude jogo da bola dá origem a que se esporeiem os ânimos, se parta para o selvajaria, para a ilicitude, para o bandoleirismos organizado, para o crime, num misto de impunidade e complacência social, ficam-nos muitas dúvidas sobre a legalidade de tais “claques”, de tais clubes, e até, dos desportos que despoletam tais comportamentos!

O comportamento dos simpatizantes do Benfica, auto apelidados como “no name boys”, é um exemplo da falta imoral de uma lei que regule as hordas que se dizem “claque” da equipa X ou Y.

É curioso que, ao que vi, a sua sigla de identificação é: “И И”. Quem conhece o alfabeto cirílico já percebeu que há algo de errado nesta sigla. É que, a letra “И” (em cirílico), corresponde ao “i” (maiúsculo, neste caso), no alfabeto latino.

Fico, assim, a pensar se não se trata de uma atitude premeditada. Em vez de “no name”, não seria sua intenção mascarar ao público dois adjectivos começados por “i” (talvez: Insurrectos e Indecentes)?


Quem sabe?

Independentemente disso, é urgente que, no país das reformas, se reforme do estatuto do jogo da bola, das suas regras, dos seus maus hábitos, das suas consequencias... mas, sobretudo, do comportamento dos seus apreciadores.
Se os jogos são antros de crime organizado (e apenas se forem!), ilegalizem-se definitivamente - não há, daí, mal que o país tenha que carpir, enlutado e pesaroso!

domingo, 16 de novembro de 2008

Que horrível monstruosidade!!!

Custa-me a perceber como alguém pode ser tão bárbaro!

Eluana Englaro é uma italiana de 36 anos.
Há 16 anos encontra-se em coma, num hospital italiano.
Em 1992, tinha ela então 20 anos, sofreu um acidente que a deixou em coma até hoje, sendo alimentada artificialmente.
Não tem nenhuma doença que a leve à morte.

Em 1999, o pai desta jovem iniciou uma batalha jurídica com vista que deixem morrer a Eluana.
Os tribunais sempre negaram essa hipótese. Porém, recentemente, a “Corte di Cassazione” (o supremo tribunal italiano) decidiu permitir a vontade da família, sobretudo do pai.

Trata-se de uma condenação à morte.

Na verdade, não se trata de desligar uma máquina de respiração artificial, porque a Eluana respira normalmente. Também não se trata de interromper uma medicação ou um tratamento, já que Eluana não está a receber qualquer tratamento, mas apenas a ser alimentada e hidratada.
Trata-se, isso sim, de matar Eluana à fome e à sede! Ou seja, ela vai deixar de ser alimentada artificialmente, pelo que morrerá de fome e de desidratação.
A Eluana não é um encargo para família, já que ela se encontra num instituto, a ser tratada por freiras que, já disseram, se recusam a cumprir a ordem do supremo tribunal, e que estão dispostas a continuar a alimentar Eluana, sem quaisquer encargos para ninguém.

Segundo li, “
A Eluana Englaro abre os olhos todos os dias de manhã e fecha-os à noite. A Eluana Englaro não está a tomar nenhum tipo de remédio, não é uma doente terminal, não está ligada a nenhuma máquina para a respiração artificial, está mas é em coma, e não se trata de um coma irreversível.
Praticamente é um sono, a Eluana está dormindo há 16 anos(…) Ela não está a ter nenhuma dor, está somente dormindo…”

Ora, como a Igreja tem sido a voz mais critica neste processo de assassinato, lá se vai ouvindo a voz funérea dos abutres ateístas, ruborizados pelo ódio, a salivar abundantemente, enquanto se perfilam para assistir, maravilhados da vida, à agonia da pobre Eluana.

Também a esquerda italiana (onde militam muitos ateus, agnósticos e seitas semelhantes), veio festejar esta decisão do supremo tribunal italiano, apelidando-a de: “escolha de liberdade”!

Ora, só uma mente completamente podre, com a mais badalhoca e insana falta de humanismo e de personalidade, pode chamar “liberdade” à imposição da sentença de morte a esta pobre jovem, inocente, indefesa e desprotegida.

Nem sequer aqui se trata do cumprimento da sua vontade. Trata-se, simplesmente, do capricho mórbido (eu diria mesmo: patológico) do pai da infeliz.

Quando os estranhos se empenham na defesa da vida de uma pessoa e quando a família exige que se cumpra a pena de morte, quando um pai passa a vida a exigir que se assassine uma filha, pedindo a execução de uma “pilatesca” sentença, pela qual saberá que sua filha será morta à fome e à sede… pergunto-me:

O que é feito dos valores da sociedade europeia?
Isto é que é o mundo civilizado do séc. XXI?
Onde estão os valores, os afectos, a segurança e a coesão dos laços de paternidade e maternidade!?

Que Deus ajude aqueles que lutam pela última esperança de salvar a Eluana, e se compadeça da sua infeliz sorte!

A razão é dos alunos - Estão aprovados!!!


A democracia faz-se na rua!

Chegou a vez dos alunos protestarem na rua. E muito aguentaram, por sinal!
Assisti a um desses protesto.
Falei com alunos, ouvi pais, escutei professores, li blogs e tenho acompanhado as declarações dos assalariados da política.

Agora, vão me dar licença, mas também tenho direito à minha opinião.

Os alunos têm razão!!!
A juventude portuguesa é bem mais esclarecida e atenta do que os nossos políticos pretendem fazer crer.
Depois de tudo que analisei, posso dizer, com alguma propriedade, que é uma monstruosa falsidade conectar os professores a estas manifestações estudantis.

Um dirigente de uma associação de estudantes, confidenciou-me pertencer ao núcleo duro da contestação (a nível nacional) e, paralelamente, está inscrito na JS (juventude socialista), pelo que tomei o seu caso como muito sério. Depois de me fazer o retrato das suas preocupações, ainda me segredou a calendarização dos próximos protestos, fazendo questão de dizer: “a próxima é a Sexta-feira!”

Deixou bem marcada a separação entre a luta dos professores e a dos alunos, mas acrescentou: “o êxito (organizativo) das manifestações de professores, a garra com que têm lutado pela sua carreira e pela escola, influenciou a nossa luta, no sentido em que nos encorajou a lutar!”

Bem vistas as coisas, os professores até quando lutam pelos seus direitos dão aulas gratuitas de civismo, de democracia e de cidadania!

Ora aí está!
Na verdade, os alunos estão permanentemente a ser alvos da fúria indecente, maldosa e manhosa, redutora, apalermada e, por vezes, até estúpida, deste governo.
A falta de capacidade, de formação (moral, social e técnica), o desconhecimento total da realidade no terreno, faz com que este governo seja propenso a aspergir tudo que toca com a mais decantada falta de coerência e bom-senso – no caso da educação, tem rondado os limites do absurdo.

Sabe a Sra. ministra que as suas políticas nada aproveitam aos alunos, nada abonam pela escola, nada dignificam os docentes, muito menos tem a eficácia que tentam propalar.
As aulas de substituição são algo de execrável entre os alunos e os professores, Não passam de uma farsa, e a sua aceitação, no meio escolar, é mera fábula onde apenas falam os gnomos e as fadas dos sonhos do mais fantasioso sucesso, com que a ministra se deleita.
Na verdade, os alunos vêem-nas como um castigo. Os professores olham-nas como uma fantasiosa obrigação, os pais como uma palhaçada!

Que sério seria o governo que acabasse com tal fantochada e criasse nas escolas meios para que, em tais circunstâncias, os alunos tivessem clubes onde projectar, de forma acompanhada (mas voluntária) as suas capacidades: música, dança, teatro, poesia, rádio, desporto, etc!!!

E, já nem falo da ideia fascista da escola a tempo inteiro, dos prolongamentos, etc.

Agora vem a polémica questão do estatuto dos alunos.
Os estatutos criados pelos políticos são tão aviltantes e desonrosos que, cada vez que eles criam um estatuto, alguém perde o seu estatuto social.
Os professores perderam todo o seu estatuto, precisamente quando os políticos criaram o estatuto dos professores, os alunos perderam todo o seu estatuto quando os políticos inventaram o estatuto do aluno…

A questão das faltas, é de cabo de esquadra.
Pelo que sei, os alunos que faltam por motivos justificados, sempre tiveram o apoio necessário na recuperação de matérias, caso assim o desejassem. Os restantes, os “alunos turistas”, sempre foram alvo de planos de apoio, aos quais nunca obedeceram.
Ora, do que se trata agora, é colocar os alunos que faltam por motivos justificadamente válidos, em pé de igualdade com os que useiros e vezeiros do turismo estudantil.
Visa o estatuto enxovalhante dos alunos premiar quem falta por mero divertimento, por equiparação, de facto, aos responsáveis cumpridores, descarregando na escola a irresponsabilidade dos primeiros e penalizado o azar dos segundos.

Pior que tudo isto, é a desavergonhada postura dos políticos que, mentindo abertamente e em directo na TV, dão a estes jovens a pior lição de falta de honra, de seriedade, de pudor, de honestidade, de verdade e de justiça, que eles podiam receber.

Se os nossos políticos tanto falam do “interesse dos aluno”, não consigo perceber por que razão são ouvidas as suas reclamações, como parceiros privilegiados nas reformas dos ensino. Ao que vejo, muitos deles podiam dar uma lição de democracia, de capacidade de organização, de empenho e de seriedade à classe política.

Num tempo em que o valor da aprendizagem se vende ao preço de computadores da e-escola, com o nome pomposo de “novas oportunidades”, bem podiam os verdadeiros estudantes merecer uma redobrada atenção da parte do circo lisbeta … se esses artistas soubessem o que é estudar!

Força rapaziada! Usem o direito democrático de protestar, sem exageros nem faltas de respeito, porque, nessa matéria, vencem facilmente os políticos!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O embuste Magalhães!

Decidiram chamar “Magalhães” ao computador portátil para a pequenada.
Aparentemente, tudo bem.
Mas, ficam-me duas questões que ainda não vi respondidas:
1 – Por que razão houvera de ser Magalhães o seu nome?
2 – Trata-se de um brinquedo ou de uma ferramenta escolar?
Se alguém tivesse a generosidade de me explicar, como se eu fosse a mais néscia pessoa do planeta e brindada com o mais áureo cabelo, muito grato ficaria pela deferência.
É que, começando pelo nome, a meu ver, não podia ser mais infeliz.
Magalhães (o Fernão, claro) foi um traidor da Pátria. Concebeu um plano para que a Espanha atingisse a Índia pelo Ocidente, por mares que, pelo Tratado de Tordesilhas, eram domínio espanhol.
Mas, pior ainda, consta-se que o projecto englobava a ideia de “provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano.” Ou seja, o dito Magalhães pretendia provar que o esforço Luso foi em vão, porque estávamos a explorar algo que não nos pertencia.
Que sacratíssima integridade e lisura! Que patriotismo! Que dignidade!

Quando D. Manuel (O Venturoso, claro!), soube dos propósitos do renegado português, esforçou-se para que ele “retornasse à pátria, a troco de honrarias e aumento de tença”. Em vão tentou o monarca dissuadir o traidor que, armado em sério, se escusou “na palavra dada ao rei espanhol”. Assim partiu, em 20/09/1519, ao serviço de um monarca estrangeiro, traindo o seu povo.

Há, porém, quem desculpe tais actos, fundando-se em conjecturas enviesadas que desaguam numa suposta espionagem.
Desculpas, digo eu!!!
A verdade é que se trata de um requintado traidor da Pátria Lusa.
Não me agrada, nem por tais entremezes, a glorificação de um traidor. Muito menos entendo tal acto como dignificante para ao meu país.
Daí que, propalar o seu nome aos quatro ventos, como se fosse um digno filho da Pátria, é um indesculpável erro grosseiro, a menos que saia de mente de um outro aldrabão, de um outro traidor, de um outro mentiroso.
Será uma brincadeira ou uma ferramenta de trabalho?
Espero que, com toda a sinceridade, seja a penas um brinquedo.
É que, é indispensável que as crianças treinem a escrita (a caligrafia e a ortografia), o raciocínio lógico, a cálculo, a leitura, o desenho manual, a pesquisa… etc.
É necessário que convivam, que brinquem em grupo, que tropecem, que corram, que rasguem as calças, que se empurrem, que se abracem, que discutam e façam as pazes… que vivam como crianças!
Uma infinidade de coisas que, a perderem-se, originarão uma sociedade de solitários “dependentes tecnológicos”, verdadeiramente alienados e analfabetos.
Fico sem resposta. Mas, entretanto, germinaram mais umas perguntas:
Se há dinheiro para dar Magalhães, por que se fecham escola com 20 alunos?
Por que razão têm de ser os pais a custear o papel de fotocópia que a escola gasta?

Que safardolas desavergonhice tomou conta do meu país!Este alfobre de impropérios, onde fecunda a crua desonra, cultiva coisas estranhas:

- O culto alarve dos renegados contrasta com o tumular esquecimentos dos verdadeiros heróis que, eclipsados pela magra camada de uma fluida cultura (mais circunstancial do que providencial), foram destronados pela "euro-estupidez", na razão directa do quadrado da ignorância dos políticos;

- A apóstata hipocrisia do culto do ateísmo pardacento, dito “estado laico”, deixa reluzir pelo diáfano verniz que cobre o ódio, contido mas não domado, a tudo o que é rectidão de princípios e valores, em detrimento da “porcalhice”, da promiscuidade e da falta de lisura;

- O cimentar de uma atitude de irresponsabilidade, de escassez de empenho, de ausência “competitividade” de saberes, ou de falta do simples gosto pelo saber fazer e saber ser.
Pois bem!
Se a ideia é esborrachar a nossa cultura, crivando-a de implantes com laivos de estupidez, de ignorância, de palermice e do mais hediondo logro do progresso… não aposto que não estejam no caminho certo.
Alguém que evoca o nome de uma peça histórica deste quilate, é tão bom quno ele!
Já agora, tratando-se de um embuste, em vez de Magalhães, porque não chamar-se, simplesmente: “político”!?

domingo, 9 de novembro de 2008

Que grande lição de cultura e civismo!


Que os professores têm a razão do seu lado, já todos percebemos – todo, menos o Rangel e Sousa Tavares.
O primeiro estouvado desculpa-se, infelizmente, porque a quimioterapia destruiu-lhe um parte do cérebro, de certeza – mete pena! O segundo é um bom exemplo da palermice dos inúteis “cultos de profissão”, que deve tudo o que é, mesmo que não queira, aos seus professores.

É que, por muito que custe, só um abelhudo e obtuso palerma pode achar que uma meia dúzia de rapazotes, mal amadurecidos na juventude e mal formados cientificamente, mas doutorados na escola da politica (portanto, inúteis aldrabões sem princípios, cuja adjectivação dispenso por ferir a polidez da educação que recebi), podem ter mais razão do que a quase totalidade dos professores deste país.
Aliás, descontando aqueles que estão prestes a reformar-se, e aqueles cujas condições de saúde não permitem a deslocação, eu atrevo-me o dizer: os professores estavam lá todos!

Ora, uma minúscula ministra, mal composta (de cara, de espírito e de sapiência) e completamente isolada, não pode achar que tem mais crédito do que todos os membros dessa nobre classe profissional.
Os professores, são os únicos profissionais que moldam, dão rosto e força ao futuro!
Essa notável, altruísta e emérita profissão, representa o investimento que podemos fazer no “futuro”.
Hoje, pelo que vejo, os professores tem de ser: os “pais a dias”, os “terapeutas sociais”, os “monitores de tempos livres”, os propagandistas dos “magalhães” (e outros traidores da Pátria Lusa!), os amigos da canalha indecente e delinquente, para além da sua função – ensinar.

A lição de cidadania, de civilidade, de democracia e responsabilidade, ontem dada pelos professores, impressionou-me!
Não é que eu tivesse dúvidas, nas ontem provaram que temos um “capital humano” acima de todas as reservas, um corpo coerente, empenhado, preocupado e ciente das suas responsabilidades – tenho a segurança que o futuro dos nossos filhos está em boas mãos!

A probidade, demonstrada ontem, anima qualquer português desiludido: vieram em dia de folga, irmanados pelos princípios (diria antes: pelo dever!), mostraram uma hercúlea superioridade (descomunal, mesmo), frente a uma miserável, ridícula e falsa ralé politica.

Caríssimos professores:
Não desanimem, que o reinado desta biltre e larvar estupidez já tem fim á vista!
Carcomida pela pútrida vaidade dos tiranos, conspurcada por uma letargia imbecil que decanta a mais refinada sujidade social e cultural… o seu reinado tem os dias contados!

Um país que despreza ou não se orgulha de ter tais professores, está a hipotecar o futuro e padece de uma letal anorexia cultural.

Já não falo da democracia, porque neste reino animalesco da política, “democracia” e “cultura” são substantivos que não casam, e que, há muito, foram divorciados da justiça!
Voltarei a este assunto!